sábado, 27 de novembro de 2010

Pais corujas

A ÁGUIA E A CORUJA

“Depois de muita briga, a águia e a coruja decidiram pôr fim à sua guerra. Um abraço selou a nova amizade e prometeram ambas, com sinceridade, não devorar os filhotes das rivais. Disse a coruja:
- Basta de luta. O mundo é tão grande! Não existe maior tolice do que andarmos a comer as crias uma da outra.
- Perfeitamente. Também eu não quero outra coisa - respondeu a águia.
- Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes? Descreve-me tais quais eles são, que, juro, haverei de poupá-los.
Ante tal compromisso, a coruja, satisfeita, disse assim:
- Meus filhos são mesmo uma graça, cada qual mais bonito e de talhe bem-feito. A penugem que ostentam é fofa e vistosa; sua voz, doce e suave. Se os achares, haverás de ver que mimos tão gentis não merecem morrer. 
Feito o pacto, saiu cada qual para um lado. A coruja, em busca de alimento, voou para um bosque afastado; já a águia, com atrevimento (porquanto as águias não têm medo), entrou nas fendas de um rochedo, e ali logo encontrou uns bichos esquisitos, verdadeiros monstrinhos, gemendo tristonhos, penugem horrível, emitindo gritos de som assustador.
- Esses bichos medonhos, provavelmente da coruja não serão. Assim, não há problemas: vou comê-los agora.
E ali se fartou abundantemente.
Um mau pressentimento tomou conta da coruja e a trouxe de volta ao ninho.
Chegando, ela avistou, numa aflição extrema, os restos da chacina e chorou amargamente. Protestava aos gritos clamando aos céus por castigo e foi ajustar contas com a rainha das aves.
- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com a imagem que deles me fizeste. Tu pintaste um retrato que não corresponde, de fato, a filhotes de coruja; assim, não atribuas culpas a outrem. Se as há, são só tuas!”
É dessa fábula que vem a expressão “pai coruja / mãe coruja”.
Na verdade, acho que todos nós somos um pouco coruja com os nossos filhos mesmo, mas só um pouquinho não faz mal, não faz com que eles filhos criem uma falsa impressão a respeito deles mesmos ou se achem melhores do que os outros.
O grande risco é olharmos para nossos filhos e não os enxergarmos como eles realmente são. Temos que, apesar de amá-los muito, enxergar quem de fato eles são, ou melhor em quem de fato eles estão se tornando.
Somente quando temos uma visão realista, madura e crítica de nossos filhos é que podemos demonstrar ainda mais amor a eles, exercendo uma paternidade responsável, colocando os limites necessários e os disciplinando para enfrentarem a vida.
Tenho me deparado com muitos pais corujas e vejo que eles se recusam a enxergar a verdade a respeito de seus filhos, criando assim filhos que crescem sem uma visão real de mundo, da sociedade e da própria vida. Serão os adultos inseguros, raivosos e frustados que tudo farão para satisfazer suas próprias necessidades a despeito de tudo e de todos, usando para isso todos os meios necessários para justificar o fim que desejam.
Que Deus nos dê sabedoria, amor e uma visão realista a respeito de nossos filhos a fim de que possamos criá-los sempre em Seus caminhos e sempre dependendo da Sua graça e misericórdia.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O outro lado da raiva

Outro dia eu assisti a um filme que eu já tinha visto há muito tempo atrás, porém dessa vez pude perceber detalhes que não tinha percebido antes. E novamente achei a história muito triste.
Ele fala sobre a vida de uma família que é drasticamente mudada quando o marido desaparece de casa deixando ela e suas filhas sozinhas, sem nenhuma explicação. Ela  logo pensa que ele a abandonou para ficar com outra. Com essa certeza ela é dominada pela raiva e pela amargura e isso gera uma mudança na sua vida e na vida de suas filhas.
No final, ela descobre que o ódio que ela tanto alimentou era baseado em uma hipótese que nunca se concretizou... Assim o ódio dá lugar à decepção, à culpa e novamente à tristeza.Como o filme é narrado pela filha caçula percebe-se a tristeza que a mãe causa na vida da família.
O nome do filme é The Upside of Anger, em português O Outro lado da raiva.

Para quem gosta de dramas, é um prato cheio!
Eu tirei algumas lições importantes pra mim. Percebi claramente que o ódio é um sentimento tão pernicioso que destrói muito mais aquele que odeia do que aquele que é o objeto do ódio. O rancor e a amargura são consequências da falta de perdão e no caso desse filme da falta de comunicação também. Uma pessoa ferida e cega de ódio fica tão desagradável que a convivência se torna muitas vezes insuportável . A raiva contamina, tira a paz, o viço, o brilho dos olhos e ainda faz mal à saúde. Nossas atitudes quando estamos machucados e com raiva, machucam quem está ao nosso redor que são geralmente pessoas que amamos.
Assim o ódio, a raiva, a amargura, a falta de perdão podem ser tão destrutivos quanto qualquer fato terrível que tenha gerado esses sentimentos.
Temos que ficar atentos não deixando que pequenos cupins ponham abaixo algo que levamos anos para edificar.
VALE A PENA CONFERIR O FILME!

domingo, 14 de novembro de 2010

Angelina Jolie, linda por dentro.

Outro dia recebi um e-mail que dizia muitas coisas sobre a Angelina Jolie.

A começar pelo significado do nome dela que é: pequeno anjo.
Depois dava as seguintas informações:
Angelina Jolie foi escolhida pela revista Time como a segunda mulher mais influente do globo. Além de emprestar sua imagem, e doar seu tempo e dinheiro a refugiados e órfãos, ela procura levar a realidade que vivencia nas suas viagens até os líderes mundiais e governantes dos países ricos, propondo soluções e cobrando ações.
Segundo a reportagem da revista Time, doa um terço de seus rendimentos em prol das causas humanitárias.
Chamar a atenção do mundo às causas humanitárias, envolvendo-se intensamente em cada projeto, também tem seus riscos.
Enquanto visitava Angola juntamente com a Unicef, após a guerra em 2002, foi contaminada gravemente pela malária, chegando a quase perder a audição. Na época, ao comentar o episódio numa entrevista, afirmou:
“Existem alguns riscos que são dignos de se correr, porém o medo de riscos é indesculpável. Você tem que defender aquilo em que você acredita.”
“O que eu tenho feito tem me dado uma nova perspectiva e me levado  descobrir um outro mundo, de dor e medo. Alcançar o próximo me conduziu a uma vida de significado”.

Não sei se todas essas informações são verdadeiras, mas fiquei pensando no que leva uma mulher linda, famosa, rica a se envolver com aqueles com quem ninguém se importa, a abraçar (literalmente) pessoas pobres, doentes, sujas, enfim a se doar e a doar seu dinheiro para causas humanitárias.
Além disso ela adotou 3 crianças que provavelmente não teriam nenhum futuro e teve um dos seus filhos biológicos na Namíbia, talvez para mostrar ao mundo o respeito que sente pelo povo de lá.
A única coisa que me permito pensar sobre essa mulher é que ela é movida por uma grande compaixão, pelo respeito ao próximo e por um amor muito grande por aquele que sofre.
Esse tipo de exemplo que ela dá ao mundo me faz lembrar uma passagem na vida de Jesus quando ele ensinava a seus discípulos sobre o Reino dos Céus e dizia:
"Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.
Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram;necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
"Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos?
Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?
O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.


Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos.
Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram.
Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos?’
Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo.
E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna".
Mateus 25:34 a 46

Eu admiro o trabalho de Angelina Jolie.

Percebo que ela é linda por fora e por dentro também.

E o marido dela também. 
( rsrsrsrs...)

Assitam aos vídeos:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O amor que quero ter mas ainda não tenho....


Estava lendo esse trecho da Bíblia hoje :

"O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.O amor jamais acaba."
I Coríntios 13: 4 a 8 
É assim que a Bíblia descreve o amor.
Mas o que tenho visto é que as pessoas que hoje amam, amanhã não amam mais. A verdade é que o amor humano acaba...por que será? Penso que é porque buscamos o amor na fonte errada. Deus é amor, só podemos encontrar amor em Deus.
Por isso, podemos amar se Deus nos capacitar. As pessoas que amamos em nossas vidas são aquelas com quem temos e teremos mais atritos, discussões e diferenças, não é mesmo?  As pessoas que não conhecemos ou não convivemos dificilmente nos magoarão e se magoarem logo esqueceremos, mas aquelas que nos são caras fatalmente serão as que mais vão errar conosco.
Amamos nossos filhos, pais, irmãos, cônjuges e são eles muitas vezes, que mais nos decepcionam, machucam, desrespeitam, etc ...  Ainda assim, escolhemos amá-los. Amá-los com o amor de Deus é o único jeito de manter viva a chama do amor e do respeito.
Fico perguntando prá Deus: como é possível amar do jeito que a Bíblia nos descreve? Parece que tenho que me anular para amar... Talvez seja isso mesmo... me esvaziar de mim mesmo para poder amar o outro. Como é isso? Não tenho respostas.
Processo difícil e interminável.
Assim, vou pedindo a Deus que tenha misericórdia da minha vida para que eu possa aprimorar o meu amor pelos outros e até mesmo o meu amor por mim mesma. Principalmente, peço a Deus que me ensine e me ajude a amá-lo acima de todas as coisas.
Estou longe de ter e exercitar o amor que tanto almejo. Que Deus me ajude a aprender a amar como devo.
Finalmente deixo aqui outro trecho da palavra de Deus que me confronta ainda mais: 
"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.
Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão." I João 4:18 a 21

Que tal pensarmos sobre isso?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

26 anos de casamento

No dia 26 de outubro, fizemos 26 anos de casados...
Para muitos um milagre, ficar tanto tempo juntos... Para outros benção de Deus.
Para nós graça, bondade e misericórdia de Deus.
Pensando bem casamento é uma coisa boa, mas muito difícil de dar certo. São duas pessoas diferentes, com educação diferente, com famílias que têm suas qualidades e seus defeitos de quem herdamos tanto as coisas boas quanto as ruins e que lá na frente  tanto nos influenciam. Enfim, são duas pessoas que muitas vezes por egoísmo só conseguem enxergar o que é seu e o que é bom para si mesmo, esquecendo que numa relação de amor e de compromisso, as palavras eu e meu devem ser deixadas de lado para que nós e nosso ocupe o lugar de destaque.
O certo é que é preciso um esforço conjunto e uma dependência total de Deus para fazer com que um casamento dê certo. É claro que existem dias em que nos arrependemos de termos nos casado, dias em que um nem quer ver a cara do outro, mas também existem os dias bons, felizes e de respeito e amor. Fazendo um balanço realista, pesando tudo, é com certeza o saldo positivo que nos dá esperança e força para continuar investindo nossas vidas no relacionamento.
Eu e o Bráulio não sabíamos e nem tinhámos a certeza de que o casamento duraria até hoje, mas tinhámos a esperança e a confiança de que Deus iria transformar os dias maus , transformar nossos corações, iria nos ensinar a perdoar, nos daria esperança e forças e que cumpriria em nós a sua vontade.
Nós falhamos inúmeras vezes mas Ele, que é fiel, nunca falhou. 
Por isso, atribuo a Deus toda honra, toda glória e todo louvor pelos nossos 26 anos de vida juntos, pelos 31 anos de convivência e pelos anos que ainda virão.
Ele nos presenteou com 3 filhos maravilhosos: Gabriela, Aline e André. Colocou em nossas mãos um tesouro inestimável e somos muito abençoados com nossa família.
No nosso convite de casamento colocamos o verso 3 do Salmo 126: Grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres.
Mal sabíamos naquele dia, que isso se tornaria uma profecia sobre as nossas vidas e que o Senhor seguiria fazendo o bem e nos alegrando e que mesmo nos dias maus, sua presença e sua misericórdia nunca nos faltariam.

Portanto, se existe algum segredo para o sucesso de um casamento, esse segredo é buscar a Deus acima de todas as coisas e crer que Ele é um pai amoroso e que sua vontade é boa, perfeita e agradável.