domingo, 25 de março de 2012

Dias inesquecíveis usando o shampoo da Kiehl's

Em Novembro, estivemos, eu e o Bráulio, hospedados em casa de amigos em San Francisco    (Califórnia).
Ficamos numa mansão maravilhosa com vista para a Golden Gate e o mais importante: em companhia de pessoas  muito especiais.
A casa foi projetada por um arquiteto famoso ( não me recordo o nome) e tem detalhes maravilhosos.


Do quarto em que fiquei , da minha cama ao acordar, eu podia ver a Golden Gate Bridge e o  meu quarto era no andar mais baixo da casa. 
No último andar, fica o quarto do casal e os escritórios de cada um deles e a vista é algo de tirar o folego.
A casa toda tem um sistema de som, assim ouvimos música clássica suave nas salas o tempo todo.
Eles já  receberam ninguém menos que o Barack Obama para um jantar.
O valor da casa é de 20 milhões de dólares.
Foram dias inesquecíveis!
Eis algumas fotos da casa.









Mas o que tudo isso tem a ver com o shampoo citado no título do meu texto?
Eu explico: no meu banheiro na casa, minha querida amiga deixou um shampoo para eu usar  que eu ainda não conhecia.
Meu cabelo em SF ficou maravilhoso e eu associava isso a alegria que eu estava sentindo de realizar o meu sonho de passar dias tão agradáveis lá, mas tenho que confessar que o shampoo também ajudou muito.
Era da marca Kiehl's e agora vi que vai ter uma loja dessa marca aqui em Belo Horizonte..
Nunca vou deixar de associar esse shampoo aos dias lindos vividos em San Francisco, naquela casa memorável com amigos tão especiais.
Parece coisa de doido isso que estou falando né?
Mas é isso mesmo, sempre vou lembrar que em SF eu vivia sorrindo , que meu cabelo estava maravilhoso e que vivi um sonho.
Assim que a loja abrir no Pátio Savassi, vou comprar o  shampoo, lavar meus cabelos com os olhos fechados, fingindo que voltei  para aquela cidade, para aquela casa e para aquela família que eu amo tanto.

terça-feira, 20 de março de 2012

Encontro de velhos amigos

Há um tempo atrás tive um sonho: reunir os meus colegas do Colégio Pitágoras.
Mas como fazer isso? Afinal, depois de quase 30 anos, eu não tinha mais contato com nenhum colega. 


Fui à luta, pesquisei na internet, procurei, liguei para um e para outro, enfim comecei a transformar o meu sonho em realidade.
Assim , em  fevereiro de 2010 tivemos o nosso primeiro encontro no Restaurante 68. 
Foi uma noite emocionante, alegre, cheia de doces lembranças, muitas risadas e até lágrimas ( minhas é claro).
No dia 17 de março de 2012 tivemos o nosso terceiro encontro. Parecia que o tempo não tinha passado e que somos ainda éramos aqueles adolescentes alegres, despreocupados,cheios de vida e  de esperança.
Foi assim que eu me senti.
Nosso colega Heráclito escreveu um texto maravilhoso que descreve bem a mistura de emoções e sentimentos que sempre cercam nossos encontros, agora já esperados com ansiedade a cada ano.

Segue o texto do nosso querido colega, com a devida permissão para publicá-lo no meu blog.
Com o texto do Heráclito, homenageio aqui cada colega e amigo, que assim como eu, nesses três encontros memoráveis pode perceber e sentir tudo aquilo que o tempo não é capaz de apagar: a amizade pura de uma geração que viveu intensamente os tempos do colégio.


VIVER  E  REVIVER

 Antes de tudo a sensação :
o tempo não passou.
Simplesmente congelou.
A percepção foi que entrei em uma espécie de câmara de nitrogênio, ficando em sono profundo e, depois de 30 anos,  reacordado do coma induzido.

Ainda me recobrando do transe, fiquei perplexo com o que vi. Entrando no local da festa fiquei impressionado. Assim como um menino que volta a loja de brinquedos que, eventualmente visitava, nas datas especiais e  festivas.
Como pode isso ocorrer ?

Me perguntava atônito.

Mais de 30 anos se passaram.
E era como se não houvesse existido este hiato temporal.
Voltou à minha memória o meu tempo de adolescente pelos pátios e corredores do colégio Pitágoras.
E tive a certeza: são aquelas mesmas pessoas que frequentavam aquela escola.
Sem dúvida, as mesmas.

As lindas mulheres presentes desafiavam todas a leis da natureza e mostravam, impecavelmente, toda exuberância e beleza que povoam o habitat feminino. Não andavam, simplesmente flutuavam e deslizavam por entre os homens presentes, que perplexos simplesmente observavam a elegância das mesmas. Desfilavam e enchiam o ambiente com suas presenças.

Algumas, por morarem em região conhecida (rua Marquês de Maricá), já haviam recebido o título de Marquesas. Mas sem invalidar o título anterior,  outras presentes, pela beleza e elegância fariam inveja a  baronesas , duquesas e outras realezas merecendo o título de nobreza, que ainda não receberam em vida.

Os homens, se alegravam  com os causos contados pelos amigos.  Se perdiam a gargalhar. Juntavam estórias de ontem e  hoje numa linguagem toda própria, quase um dialeto.  Poderíamos dizer que falavam em Pitagorês. Desta forma, estes “causistas juramentados”,     transformavam fatos trágicos e complicados, felizmente já passados e superados, em alegres e divertidos feitos dignos de super heróis modernos.

E isto ocorria de maneira muito singular, como se a inversão de valores verbalizada fosse a máxima do dia. Assim, o contador de casos, minimizava seus atos heroicos, por resoluta modéstia e mineiriçe e maximizava os feitos e fatos supérfluos, por simples vaidade do orador.

Quando me lembro do pátio do Pitágoras sei que  o tempo passou. Quando olho para vocês, sinto que não.

Relembro de cada detalhe.
De cada momento daquela época.
Dos dias ensolarados e do cheiro dos flamboyants floridos na porta da escola.
Dos amores juvenis que, mesmo depois de mim separados, me acompanharam por grande parte de minha vida, apertando meu coração de saudades e belas lembranças.
Saudade comprimida dentro do peito.
Uma dor solitária. Aguda.

Por isso voltar no tempo é sempre algo entre sofrido e alegre, divertido e melancólico, prazeroso  e   lacrimoso, sério e irônico. Mas só o ser humano é capaz de reviver o passado. Obter as mesmas sensações já vividas. Relembrar e ao mesmo tempo reviver tudo o que passou.  Sentindo cheiros, enxergando a cena, sentindo o vento no rosto e o toque na pele.

 Se, como diria Guimarães Rosa: “viver é muito perigoso”, reviver é ainda mais.

Daquele menino pequenininho.
Magrinho.
O mais novo da turma.
Muito obrigado a todos vocês.
Foram excelentes anos de convivência.

 Heráclito Miranda







quarta-feira, 14 de março de 2012

Um tempo para tudo


Ando muito sem tempo, trabalhando muito, correndo muito, mas graças a Deus com saúde e com alegria.
Por isso, não tenho tido tempo de dedicar aos meus pensamentos....
Ando pensando, porém sem tempo de compartilhar.
Uma das coisas que tenho pensado é que quanto menos tempo tenho, mais coisas eu dou conta de fazer.Quando tenho tempo de sobra, parece que tudo fica difícil.
Para tudo temos um tempo na nossa vida, verifique então em que tempo você está e aproveite para viver intensamente o seu momento.
A única coisa que não temos como recuperar é o tempo perdido.

Compartilho então, uma linda reflexão da Bíblia sobre o tempo.

Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:
tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou,
tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir,
tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar,
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter,
tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de lançar fora,
tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar,
tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz.
O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço?
Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens.
Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.
Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.
Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho, é um presente de Deus.
Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam.
Aquilo que é, já foi, e o que será já foi anteriormente; Deus investigará o passado.
Descobri também que debaixo do sol: No lugar da justiça havia impiedade, no lugar da retidão, ainda mais impiedade.
Pensei comigo mesmo: O justo e o ímpio, Deus julgará a ambos, pois há um tempo para todo propósito, um tempo para tudo o que acontece.
Também pensei: Deus prova os homens para que vejam que são como os animais. 
Eclesiastes 3:1-18