segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Saudades de mim...

Olhando para trás, revendo as fotos e recordando o tempo passado , me sinto vitoriosa e abençoada. Tenho uma família unida, saudável e feliz. Sou grata a Deus por tudo isso.
Algumas vezes porém, sinto saudades de mim mesma. Minha vida se misturou tanto às vidas de meu marido e dos meu filhos que vejo que esqueci de mim mesma. E sinto saudades de mim.... Não mais daquela menina que se casou aos 21 anos de idade ou da jovem mãe de 3 filhos, mas das possibilidades que ainda estão por vir na minha vida. Preciso me dar o direito de viver plenamente os momentos que ainda virão, mesmo sendo preciso abrir um espaço no meu mundinho, alargar os meus caminhos para que eu caminhe sem culpas e sem pensar o tempo todo nos outros.

Por isso, tomei uma decisão: vou fazer um curso de 30 dias no Canadá. Em janeiro, em Vancouver. Passei por cima de todos os meus medos, minhas fraquezas e minhas culpas para fazer nesse momento o que será bom para mim mesma.
Tive o apoio de todos: meu marido, meu filhos, minha mãe, minha irmã e meu irmão. Pessoas que eu tanto amo e que fazem toda diferença na minha vida. Elas querem sempre o meu bem e o que é melhor para mim, enxergam o que nem sempre consigo ver: as possibilidades de ser feliz fazendo algo que será útil e agradável, mesmo sendo nesse momento, só para mim. Esse apoio foi fundamental para minha decisão.
É claro que sinto uma grande ansiedade, um medo de não dar conta e um aperto no peito. Mas sei que Deus irá comigo e que nunca estarei só e Ele mesmo cuidará dos meus queridos. Meus filhos estarão todos nos Estados Unidos e portanto a saudade já será grande de qualquer jeito e o Bráulio já é bem crescidinho e sobreviverá bem sem eu por perto. Acho que ele está até gostando da idéia, afinal para ele também será um tempo de reencontro com ele mesmo. Sozinho em BH, sem os filhos e sem a esposa, com certeza dias de paz e sossego (rs). As saudades serão grandes mas sobreviveremos....
Acho que escrevo isso tudo como que reafirmando para mim mesma que o que decidi é justo, é possível e será muito bom.
Isso é apenas um pequeno passo, um início do processo de reencontro comigo mesma.
Muito prazer eu sou Maria Luiza!

"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança." Lamentações 3:21

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quem sou eu???

Quem sou eu? 
É uma pergunta complexa e difícil.
Então resolvo responder com um texto que escrevi há muito tempo atrás para colocar no Orkut.


Eu sou:
mãe da Gabriela,da Aline e do André; 
esposa do Bráulio (meu namorado desde meus 16 anos);
filha de pais maravilhosos Cynthia e João Lucas;
tia coruja da Tatiana, Ana Beatriz, Isabela, Mariana e do Lucas;
Sou titia avó da Stella ( filha do sobrinho do Bráulio: Daniel);
irmã do João Alberto, Isabel e Silvia;
apaixonada por Jesus;
boa filha; determinada; amiga; honesta; trabalhadora; inteligente; solidária; verdadeira; 
amorosa;temente a Deus...
Gostaria de ser mais:
magra ( estou chegando lá...); mansa; tranquila;
apaixonada por Jesus; dependente de Deus;
misericordiosa; paciente; alegre; sorridente;
sonhadora; humilde...
Gostaria de ser menos:
ansiosa; passional; estressada; controladora; preocupada; pé no chão; orgulhosa...
Meus tesouros:
Minha família, meus amigos e minha igreja
Gostaria de:
ser a melhor mãe do mundo; ter um coração como o de Jesus; ter mais tempo; 
saber cozinhar bem; ter vontade de malhar; saber cantar; dormir melhor; 
ter mais facilidade em perdoar; ter mais fé; ter mais sabedoria; ter mais determinação...
Eu odeio:
mentira; egoísmo; ingratidão; violência; falsidade; desonestidade; arrogância,
bebedeira; gritaria; covardia; indiferença; prepotência; burrice; preguiça; traição....
Eu gosto de:
ser amada,
ter meus filhos sempre por perto,
sair para um chá de tarde com amigas,
trabalhar,
viajar,
de consolar.
de ser consolada,
assistir a um bom filme, 
barulho de chuva,
livros de receita,
comer uma comidinha gostosa,
ficar sozinha de vez em quando, 
tomar um banho de banheira com espuma,
ir a igreja,
cantar louvores a Deus,
de elogios,
de elogiar,
de poder ser útil,
ver TV,
jogar volei,
navegar na internet,
ser feliz...
Aprendi que...
Depois de uma tempestade sempre surge o sol,
Deus nunca nos abandona,
Todas as coisas cooperam para o nosso bem,
Tudo que plantamos é o que colhemos,
O caminho é estreito,
Estou nesse mundo por um propósito de Deus,
Que se a nossa esperança se resume apenas a esse mundo, então somos os mais infelizes dos homens,
Deus é muito bom,
Deus me ama demais,
Tenho muitos amigos queridos,
Onde está o meu coração é onde está o meu tesouro,
As feridas feitas pelo que ama são muito melhores do que os beijos enganosos,
Melhor é o pouco com justiça e honestidade do que altos ganhos com mentira,
Devo trazer à memória aquilo que me dá esperança,
Sou mais do que vencedora!

Estou vivendo e aprendendo todos os dias...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem é que manda?? 2 parte


Como estou inserida no mundo da Educação Infantil, volta e meia me pego recordando os tempos em que meu filhos eram pequenos. Fico me perguntando se naquela época, eles mandavam em mim como vejo hoje as crianças mandando nos pais.
Fico espantada ao perceber como as crianças estão se tornando pequenos tiranos e como colocam os pais a seu serviço e como aqueles que devem satisfazer todos os seus desejos.
Escutei de um pai certa vez: Eu nunca digo não para minha filha. De outro na escola escutei: que bom que aqui na escola, vocês falam não e estabelecem limites porque lá em casa eu não faço isso.
É a decadência dos valores. Os pais devem ser os guardiões de seus filhos, aqueles que devem decidir o que é melhor para eles e delimitar seus caminhos, principalmente enquanto ainda são crianças.
Vejo, hoje, exatamente o contrário. Os pais se submetem, se houver um choro ou um xilique acompanhando as ordens, mais eficiente e prontos a atender esses pais serão. Criança é muito inteligente e sabe disso. Ela usará todo o seu poder para fazer tudo que quer.
Uma cena: o garoto se aproxima de sua mãe e grita: amarra o meu tênis!!!!!!! A mãe agacha assustada e cumpre sem reclamar a ordem recebida. Se eu gritasse com minha mãe levaria no mínimo uma boa bronca.
Paro para pensar e consigo me lembrar que meus filhos nunca me deram ordens. Nunca gritaram comigo, ou deram birras e xiliques para obter o que queriam. Muitas vezes, reconheço, eu fui uma mãe que me antecipava aos desejos deles. Por exemplo, eu já teria amarrado o tênis do meu filho, pois estava sempre tão atenta a ele que assim que desamarrasse eu corria lá e amarrava. Hoje, eu faria diferente, aproveitaria esse momento e proporcionaria a ele uma oportunidade de ter autonomia ensinando-o a amarrar seu tênis sozinho.
Fico feliz em recordar os velhos tempos e perceber que nunca meus filhos me envergonharam na frente dos outros. Isso é maravilhoso.
Eles não estavam no controle, e sim, nós os pais.
E eu pergunto: As crianças sabem o que é melhor para elas? Por que elas é quem decidem nos dias de hoje? Muitos pais se defendem dizendo que se disserem não, os filhos ficarão traumatizados e se o pior ocorrer, por exemplo uma palmada, as crianças ficaram com seqüelas pelo resto da vida.
Será mesmo? Eu já levei algumas chineladas (reconheço que foram bem poucas, pois sempre fui obediente), mas elas não me trazem nenhum recordação ruim. Já levei broncas e também não tenho nenhum trauma disso.
O que traumatiza, o que causa dor em um filho é a violência, a fome, o abandono e a indiferença. O pé da galinha não mata o pintinho.
As crianças serão adultos bem resolvidos, se forem crianças bem resolvidas. Crianças que sabem o que significa um não, essas são bem resolvidas. Dizer não é libertador! Os limites são um sinal enorme do amor e do cuidado dos pais.
Nada pior que ver uma criança chegando e os adultos cochichando: Lá vem o fulaninho... cuidado ele vai destruir sua casa... ele vai gritar, vai dar birra ... Como ele é insuportável....e etc, etc, etc....
Hoje eu colho frutos e sou uma mãe orgulhosa. Recebo muitos elogios a respeito de meus filhos: como eles são educados, como sempre cumprimentam as pessoas, como são pessoas honestas, como são atenciosos com o próximo, como são gente boa, como são respeitosos, carinhosos ...
Acertei em tudo?? De jeito nenhum. Errei demais e ainda erro. Mas realmente nunca deixei que meus filhos gritassem comigo para obter o que queriam e nunca achei que uma palmada ou um não fosse traumatizá-los. O resultado para quem me conhece: Gabriela, Aline e André, orgulhos da minha vida.
Não receba ordens de seus filhos. Esteja no controle, seja firme e diga não.
Chorar, não ter aquele brinquedo novo, tomar banho e comer na hora certa, não ir na casa do amigo, não poder ir passear naquele dia, não assistir TV depois do horário combinado, não rabiscar as paredes, não gritar para obter o que quer, etc, etc, etc .... isso tudo não mata ninguém.
Lá na frente você vai ver que vale a pena estar no controle!